segunda-feira, 12 de julho de 2010
Maria Antonieta...História da moda.
Uma coisa temos que admitir... a mulher tinha estilo
Um pouquinho de história da moda pra vcs.
Recapitulando os fatos básicos: a loiríssima arquiduquesa da Áustria tinha 14 anos, pele de porcelana (atributo raro em tempos de varíola), o gênio forte e o lábio inferior proeminente dos Habsburgos quando, em 1770, deixou a casa da mãe, a indomável imperatriz Maria Teresa, para se casar. O noivo era o herdeiro do trono da França, Luís XVI, aos 15 anos um menino gorducho, desengonçado e extremamente tímido. Novata e estrangeira numa corte controlada por impenetráveis rituais e politicagem convulsiva, virgem durante sete anos de casamento por improficiência do marido e, portanto, impossibilitada de cumprir sua missão de conceber um herdeiro, Maria Antonieta achou, na criação de um estilo arrojado, um jeito de firmar sua posição.
Tornou-se assim a mulher mais bem vestida, mais bem penteada e mais bem maquiada de seu tempo (sendo "bem", no caso, sinônimo de excesso incontrolado, barroco, fantasioso – enfim, justamente o necessário para torná-la adorada pelos fashionistas séculos depois). Ao ser coroada rainha, aos 19 anos, tinha reputação firmada. Quando enfim o marido compareceu e ela se tornou mãe, aos 22, Maria Antonieta – e seu guarda-roupa fabuloso, que era aberto à visitação pública – estava no auge. Durante algum tempo, foi aplaudida e imitada, não só pelas mulheres da nobreza, mas pela população feminina em geral. Quando seus gastos e seus exageros se tornaram munição constante dos antimonarquistas, a maré virou: acusada de todos os pecados possíveis, inclusive adultério, homossexualismo e pedofilia, passou a ser odiada. Encarcerada pelos revolucionários, aos 37 anos subiu, pálida e elegante, os degraus que a levaram à guilhotina.
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